Ana e Cecília andavam a passear pela cidade
de Braga para relembrar momentos que passaram ali, quando, de repente, Ana
recebe um SMS.
Ana – Um SMS do Luís? Isto é raro.
Cecília – Por algum motivo é.
Ana – Lá nisso tens razão.
“De: Luís
Princesa tenho a casa só para mim aqui em Lisboa, não quereis
(Tu e a Cila) vir viver para aqui? Tenho 2 quartos para você as duas. Fazeis a
transferência para uma escola daqui e assim ficamos todos juntos como à uns
anos atrás.
Beijinhos, Luís”
Ana – O Luís convidou-nos para irmos viver
para Lisboa com ele na casa dele e para fazermos a transferência para uma
escola de lá. O que achas? Por mim ia. Assim tu também ficavas mais perto do
teu menino.
Cecília – Não te esqueças que temos os nossos
amigos aqui e que em Lisboa não tenho quase ninguém. Só temos o Luís, o meu
namorado e acho que mais ninguém. Ah! E tens aquela pessoa com quem curtiste à
uns anos.
Ana – Não vamos falar disso pois não? Vens ou
não?
Cecília – Não, não vamos falar disso. Eu não
vou contigo para Lisboa, tenho a minha vida aqui.
Ana – Tens o teu namorado lá em baixo já te
esqueceste?
Cecília – Posso ter o meu namorado lá em
baixo mas fico cá. Eu vou os fins de semana lá baixo.
Ana – Se é isso que tu queres, mas depois não
te queixes. Não penses sequer em estar sempre a mandar mensagens que não te vou
responder. Vamos estar separadas em dois sítios no país, vamos ter horários
diferentes e vou fazer os meus amigos lá em baixo, vais passar para segundo
plano. Agora se não te importas vou me embora porque tenho malas a fazer e
tenho de comprar o bilhete para o alfa-pendular.
Cecília – Vai, faz isso! Vira as costas à tua
melhor amiga para ires viver para Lisboa com o Luís! E logo com o Luís!
Ana – Tens algum problema com ele? É que se
tens diz já! Ele é meu amigo. Conheço-o desde que me conheço a mim. Tu não o
conheces à quase tempo nenhum.
Cecília – Dois anos bastaram-me para ver o
tipo de rapaz que ele é! Ele é uma pessoa que te leva para maus caminhos!
Ana – Não foi ele que me incentivou a fumar pois
não? A culpa de eu fumar não é dele, mas sim tua. Ele é como um irmão para mim!
Cecília – Eu não te obriguei a nada! Nunca te
obriguei a fumar! Ai ele é um irmão para ti e o que é que eu sou?! Tu para mim
és como uma irmã!
Ana – Neste momento não és nada para mim,
porque se eu fosse como uma irmã para ti ias comigo para baixo, vinhas ter com
o teu namorado! Até parece que não queres nada com ele! Para ti os amigos daqui
estão à frente de toda a gente! Estão à minha frente, à frente do teu namorado…
Cecília – Não te deixo continuar a resposta!
Eu aqui tenho a minha família tal como tu!
Ana – Ai é? Tu não vais ficar aqui por causa
da tua família, mas sim por causa do teu “amante” não é?
Cecília – De que é que estás a falar?
Ana – Eu vi-te muito bem aos beijos com o
João! Quando eu chegar lá baixo a segunda coisa que vou fazer é por o teu
namorado a par desta traição! Tu não consegues ser fiel! É a terceira vez que o
trais! Como diz o ditado: “à terceira é de vez!”. Não vou deixar que tu o
enganes mais! Ele vai ficar muito magoado contigo!
Cecília – Muito magoado já não deve ficar, já
que apareceu na capa de uma revista abraçado a uma stripper com uma frase
assim: “Noite de copos faz com que Ricky vá para a cama com uma stripper”!
Ana – Vocês andam à um ano é não parais com
traições. Não sei que raio de relação é essa. É por esta e por outra que eu
prefiro ficar solteira do que estar numa relação rodeada de mentiras e
traições! Se tu fosses para Lisboa esta cena acabava toda. Por vezes a
distância consegue estragar as relações e a vossa já está completamente
arruinada!
Cecília – Tens razão, não vou dizer que não
tens.
Ana – Então quer dizer que vens comigo para
Lisboa?
Cecília – Não eu não vou a lado nenhum. Só
passo por lá sábado para acabar com o Ricky.
Ana – Olha tu faz o que quiseres. Eu vou e
não sei se volto tão cedo. Olha, fui!
Cecília – Espera!
Ana – FUI!
Ana saiu do pé da Cecília sem lhe dar
qualquer hipótese de dizer qualquer coisa. Ana lembrou-se que tinha de ir à
escola tratar dos papéis de transferência para a escola de Lisboa. Ao
dirigir-se para a escola encontrou lá pessoal da turma dela e eles acharam
estranho ela não estar com a melhor amiga pois elas andavam quase sempre
juntas. Entrou na escola e não dirigiu qualquer palavra aos colegas de turma,
tinha um assunto mais importante a tratar. Quando entrou na secretaria aquilo
estava apinhado de gente, mas por sorte a secretária da turma dela estava vaga.
Foi até lá e cumprimento a dona Luísa.
Ana – Bom dia Dona Luísa!
D. Luísa – Bom dia menina. Em que posso
ajudar?
Ana – Era para fazer a transferência para
outra escola.
D. Luísa – A menina vai sair desta escola?
Ana – Sim Dona Luísa. Vou para um ambiente
diferente deste. Eu até já estive lá a estudar.
D. Luísa – É aqui em braga menina?
Ana – Não. É em Lisboa!
D. Luísa – É tão longe daqui!
Ana – Eu sei, mas lá sei que tenho trabalho
garantido, mas não é na área que eu estou. É trabalhar como barwoman.
D. Luísa – Menina desculpe mas não percebi.
Ana – Eu tenho um amigo lá em baixo que já
conheço à muito tempo, 10 anos. Ele trabalhar com barman na discoteca. Serve
bebidas aos clientes e eu vou para lá fazer o mesmo.
D. Luísa – Ó menina veja lá no que se vai
meter.
Ana – Não se preocupe Dona Luísa, vai correr
tudo bem. Podemos tratar então da minha transferência?
D. Luísa – Sim menina podemos.
Enquanto Ana e Dona Luísa tratavam dos papeis
de transferência Ana recebeu uma mensagem.
“ De: Mana Cila
Onde raio é que tu te meteste? Já te procurei por todo o lado e não
te encontro! Quando leres este sms responde-me por favor, estou preocupada!”
D. Luísa – Menina?
Ana – Sim Dona Luísa diga.
D. Luísa – Os papeis da transferência vão
chegar a Lisboa já depois das aulas começarem, mas a menina entrega este
comprovativo na escola e assim eles enquadram-na numa turma do seu curso. O
processo de adaptação é que vai ser mais difícil.
Ana – Não se preocupe Dona Luísa, eu quando
puder venho visita-la. Agora se me desculpa tenho de ir embora porque ainda tenho
de comprar o bilhete para ir para Lisboa. Até um dia Dona Luísa.
D. Luísa – Faça boa viagem menina. Até um
dia, até um dia.
Ana saiu da escola e cruzou-se com o João que
estava acompanhado por uma rapariga baixinha que presumia ser namorada dele já que
estavam de mãos dadas e muito juntinhos.
João – Então betinha? O que fazes aqui?
Ana – Betinha? Poupa-me um bocadinho que
seja. E o que eu faço aqui não é da tua conta, tá bem?! Olha uma curiosidade
como te chamas menina?
Joana – Eu chamo-me Joana.
Ana – Sim, Joana. E à quanto tempo namorais?
Joana – Vai fazer um ano é meio daqui a um mês
porquê?
João – Por nada amor, por nada! Ela é que é
bisbilhoteira e gosta de se meter na vida dos outros.
Ana – Desculpa? Eu bisbilhoteira? Não fui eu
que traí a minha namorada! Não é João? Ainda por cima com a pessoa que mais
odeias! Agora se me dais licença tenho de ir embora porque tenho assuntos
pendentes a tratar.
Ao sair do pé deles achou que o trabalho dela
estava feito, porem quando olhou para trás viu Joana a dar um valente estalo a
João e a sai dali correr, e achou que o que fez não foi o mais apropriado mas
foi correto! Então dirigiu-se a casa e fez as malas e de seguida foi até à
estação comprar o bilhete para ir para Lisboa e teve muita sorte porque o
comboio ainda estava na estação. Entrou no comboio e rumou até Lisboa à procura
duma nova felicidade.
Espero que gostem deste primeiro capitulo
é uma nova fic mas continuarei a publicar na outra fic
espero ter feedback da vossa parte
beijinhos
Chana'silva